Divirtam-se

Essa é a minha vida, sem nenhum exagero. Quer dizer, acho que é meio impossível falar da nossa vida sem exagero.
Esse é o meu dia-a-dia, sempre que eu sinto algum tipo de emoção intensa eu escrevo aqui. Só que eu posso tê-las sempre ou raramente.
Então aí vai, se divirtam!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Desabafo

Desabei. Sabe quando a semana chega e a gente não tem como esperar coisas boas dela? Aquela semana em que você pensa que vai ficar preso pra sempre, pois não parece passar? Eu estou nela, e o que é pior: só no começo.
No meu colégio, se eu não estudar e corrar atrás (acredite, eu faço isso), eu perco o meu lugar. Essa semana é a prova de quem todos mais têm medo: a de Língua Portuguesa. E a matéria é o mais puro decoreba.
Tudo bem, ok, isso seria fácil demais de se encarar se eu não estivesse, pela segunda vez no semestre, passando algumas noites fora de casa. A primeira, minha mãe foi fazer um curso em outra cidade e eu não pude ir, totalmente compreensível se eu não fosse quem eu sou. Odiei. Agora, ela está a duas quadras de onde eu estou. Mas está, nesse momento, na Sala de Recuperação de cirurgia gastroplástica.
Eu admito: sei fazer drama. Mas não há drama no que eu estou sentido. É como se fosse um peso enorme, que apenas eu, só eu estou disposto a carregar. Porque só eu sei como ela sempre quis isso. Só eu sei como ela batalhou para concretizar seus desejos. Só eu sei. Ninguém mais se importa como eu. Dói ter a minha idade, e dói não ter ficado lá para esperá-la chegar. Como dói.
Me sinto um péssimo filho por não estar lá, e um péssimo aluno (ainda por cima, a Mostra de Trabalhos é no sábado) por não me dedicar tanto quanto antes. Odeio sentir isso. Talvez porque no fundo, tenha um pingo de verdade, mas odeio.
E juntamos tudo isso à uma extrema FÚRIA com algumas atitudes de pessoas do dia-a-dia, e percebo que quanto mais os dias foram passando, mais antissocial me tornei. Eu diria que até mesmo explosivo. Não ando gostando de estar perto de muitas pessoas. Ando achando tudo o que me rodeia idiota e imaturo demais. Ando me martirizando demais. Me sufocando demais. E está difícil aguentar.
Enfim, isso é tudo. Não há como expressar com palavras o que eu estou sentindo, porque nem eu mesmo sei a definição mais precisa. Talvez eu seja apenas interessante para mim, e insosso para quem não conhece. Mas não estou me importando mais. Chame de aborrecência, se quiser, mas vou resolver meus problemas primeiro e estar lá para a minha mãe, porque sei que muitos não estarão. Será um prazer ajudar quem sempre me ajudou, mesmo que para isso eu tenha que confrontar a minha rotina e quem me rodeia. Ela vem em primeiro lugar. O resto é resto.
Sem há há, dessa vez. Até.